Saiba mais sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
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A 16 de Novembro assinala-se o Dia
Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Uma doença que afeta mais de
250 milhões de pessoas no Mundo. Em Portugal, estima-se que, pelo menos, meio
milhão sofra desta doença. É uma das principais causas de morbidade e mortalidade,
com a expectativa de que prevalência vai aumentar em vez de diminuir, nos
próximos anos.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica
é uma doença prevenível e tratável, com efeitos extrapulmonares significativos e
co-morbidades importantes.
Pacientes com DPOC queixam-se
principalmente de fadiga, dispneia e capacidade funcional reduzida. Além da
dispneia, tosse, sibilância, produção de secreção e infeções respiratórias de
repetição, consequências sistémicas, tais como descondicionamento, fraqueza
muscular, perda de peso e desnutrição são frequentemente observadas. A
atividade física na vida diária está significativamente reduzida em comparação
com indivíduos saudáveis parados para a sua idade. Problemas emocionais como
depressão, ansiedade e isolamento social também são observados.
A principal causa para o
surgimento da DPOC está relacionada com o tabagismo e com a exposição ocupacional
a poluentes inalados. Há estudos que indicam que o surgimento da DPOC está também relacionado pela deficiência da a1-antitripsina, fator genético.
Sintomas característicos, como a tosse
com expetoração persistente ou intermitente, por vezes acompanhada de pieira
são muitas vezes desvalorizados. A dispneia progride insidiosamente ao longo de
muitos anos, surgindo inicialmente com o esforço e nas agudizações. As
infeções respiratórias recorrentes vão-se tornando mais frequentes com a
evolução da doença. O exame objetivo é pobre até fases avançadas da doença. É, no entanto, nas fases precoces da doença que a intervenção terapêutica se revela
mais eficaz. Nos estádios avançados os doentes adotam posturas de alívio da
dispneia, como o apoio nos membros superiores, o recrutamento dos músculos
acessórios da respiração, a respiração com lábios semicerrados, a tiragem, a
cianose ou os sinais de insuficiência cardíaca direita (ingurgitamento das
jugulares, fígado de estase e edemas periféricos).
Se apresenta alguns destes
sintomas, fale com o seu médico ou fisioterapeuta para aconselhamento.
A abstinência ou diminuição tabágica é fundamental, sem as quais não é possível travar a irreversível
progressão da doença e suspender a inflamação desencadeada pelo fumo do tabaco.
Outras medidas preventivas passam pela imunização anual contra a gripe, assim
como pela correção precoce das agudizações.
O papel da fisioterapia no tratamento
da DPOC inclui abordar questões relativas à redução do trabalho da respiração,
remover secreções das vias aéreas, retardar da progressão da obstrução aérea, melhorar
mobilidade e promover a reabilitação. O programa de reabilitação destina-se a
manter o doente capaz de efetuar as atividades da vida diária.
Um programa de reabilitação
personalizado, com aconselhamento médico, é indispensável para o diminuir e
evitar os sintomas causados pela DPOC. Quanto mais cedo identificar os sintomas
melhor!
Cláudia Pereira,
Fisioterapeuta PHYSIOCLEM
Fisioterapeuta PHYSIOCLEM
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