Paralisia Facial Periférica
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https://www.physioclem.pt/pt/saudavel/paralisia-facial-periferica
O nosso corpo possui 12 pares de nervos cranianos que nascem no sistema nervoso central (cérebro) e seguem para as regiões da cabeça e pescoço sem passar pela medula espinhal. O nervo facial é um dos 12 pares de nervos cranianos e responsável pelos movimentos da expressão facial, sensação de gosto nos 2/3 anteriores da língua, além de participar na secreção de saliva, lágrimas e inervação do tímpano.
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O nosso corpo possui 12 pares de nervos cranianos que nascem no sistema nervoso central (cérebro) e seguem para as regiões da cabeça e pescoço sem passar pela medula espinhal. O nervo facial é um dos 12 pares de nervos cranianos e responsável pelos movimentos da expressão facial, sensação de gosto nos 2/3 anteriores da língua, além de participar na secreção de saliva, lágrimas e inervação do tímpano.
Uma
agressão desse mesmo nervo origina uma Paralisia Facial. Esta é definida como
um distúrbio neural com parésia ou paralisia total de todos, ou alguns,
músculos da expressão facial.
A paralisia facial pode ser classificada como
central, quando ocorre lesão do nervo facial dentro do cérebro (ex.: AVC, tumor
cerebral,…), ou periférica, quando a lesão ocorre depois do nervo já ter
deixado o cérebro.
As paralisias faciais periféricas são
homolaterais e totais, afetando toda a hemiface, enquanto que as paralisias
faciais centrais são contra laterais e, normalmente, a parte superior da face é
poupada, estando apenas afetado o terço inferior da face.
A paralisia facial periférica é caraterizada
por uma assimetria da expressão facial, por perda de tonicidade muscular em um
lado da face, sendo a pessoa incapaz de fechar totalmente o olho, de levantar a
sobrancelha, de franzir a testa do lado afetado e sorrir, entre outros
sintomas.
Etiologia
A etiologia da paralisia facial periférica
pode ser dividida em: traumática (objetos cortantes ou perfurantes na face;
projéteis de arma de fogo na face, acidentes automobilísticos; traumas
cirúrgicos;…); infecciosa (meningite; otite; Herpes Zoster, entre outros
fatores virais e bacteriológicos); neoplásica; metabólica (por exemplo, a
diabetes mellitus); vascular (bloqueio na circulação arterial que nutre o
nervo); tóxica e idiopática (causa desconhecida). Um outro fator de risco é a
gravidez no 3º trimestre.
Sintomas
A instalação dos sintomas é, quase sempre,
repentina, geralmente noturna, com paralisia de toda a metade da face e poderá
ser precedida de dores a nível da região cervical.
Os sintomas mais característicos são a perda
da expressão em metade da face com incapacidade de fechar totalmente um dos
olhos, de levantar uma das sobrancelhas, de franzir a testa e de sorrir; a
sensação de dormência, de pressão ou edema da hemiface afetada. Outros sintomas
também costumam surgir, como diminuição do lacrimejamento de um dos olhos,
aumento da sensibilidade ao som em um dos ouvidos, redução do paladar nos 2/3
iniciais da língua, diminuição da salivação e dor de cabeça ou dor ao redor da
mandíbula.
Ainda de salientar, desvio do nariz, boca e
língua para o lado não afetado, bochecha pendente “em saco” e ptose da
pálpebra superior e inferior.
Diagnóstico
O diagnóstico da paralisia facial periférica é
normalmente clínico e de exclusão, ou seja, feito apenas após eliminação de
outras causas, como por exemplo tumores que possam estar a comprimir o nervo
facial.
Reabilitação
Agudamente, é importante o cuidado com os
olhos. Como a pessoa não consegue fechar o olho afetado e pode apresentar
redução da produção de lágrima, este pode tornar-se ressecado, com risco de
cegueira por lesão da córnea. Por este motivo, torna-se importante o uso de
lágrima artificial e dormir com o olho tapado com um penso oclusivo, devendo
seguir as recomendações médicas.
Nestes casos, a fisioterapia tem por objetivo
restabelecer toda a força da musculatura afetada, reintegrando gradualmente as
mais variadas expressões faciais. Para tal, utiliza técnicas específicas para
ativação muscular e fortalecimento dos vários músculos da hemiface afetada, desde
técnicas manuais como eletroterapia.
Para além de promover a restauração dos
movimentos lesados, é necessário ter em atenção a hiperatividade que a hemiface
não afetada poderá apresentar, cabendo ao fisioterapeuta promover o relaxamento
dessa musculatura, como também de toda a componente cervical.
A realização de osteopatia poderá ser um bom
complemento ao tratamento habitual de fisioterapia, uma vez que esta permite,
através de técnicas cranianas, aliviar alguma compressão do nervo facial e
melhorar a vascularização sanguínea.
Nestas
situações, é extremamente importante a responsabilidade da pessoa pela sua
própria reabilitação devendo a fisioterapia ser complementada diariamente no
domicílio por um plano de exercícios específicos ensinados e supervisionados,
numa fase inicial, pelo fisioterapeuta.
A
equipa Physioclem.
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