Fisioterapia Respiratória - Bebés e Crianças
"A bronquiolite é a infeção do sistema respiratório
mais frequente e é responsável por 17-25% dos internamentos em crianças com
menos de 2 anos”
(Associação Portuguesa de Pediatria, 2011)
No inverno, os quadros de INFEÇÃO RESPIRATÓRIA nas crianças são mais frequentes e com isso aumentam também as
questões e a ansiedade dos pais.
As crianças têm um sistema imunitário
em desenvolvimento e estão mais desprotegidas dos microrganismos presentes na comunidade. Os infantários,
o contato com outras crianças
doentes ou brinquedos
infetados, e mesmo a visita ao consultório do pediatra são
situações que podem desencadear uma infeção respiratória, sendo a Bronquiolite a mais comum.
A Bronquiolite é uma inflamação da mucosa do aparelho
respiratório que, pelo aumento da sua densidade, impede a passagem do ar e conduz à
acumulação de secreções. Na maior parte dos casos, a causa é
viral, sendo que o vírus mais frequentemente envolvido (75%
dos caos) é o Vírus
Sincicial Respiratório (VSR).
Este é o quadro de infeção
respiratória mais comum em crianças com idade inferior a 2 anos, levando frequentemente ao internamento. A incidência é maior em crianças dos 2 aos 6 meses. A bronquiolite ocorre
tendencialmente entre os meses de novembro e abril, com um pico apontado para os meses
de janeiro e fevereiro, sendo também nesta ocasião que existem mais hospitalizações.
A congestão
nasal e
a tosse são os sintomas mais frequentes. Estas poderão ser
acompanhadas de dificuldade na alimentação e nos padrões de
sono. Em alguns casos a criança poderá
apresentar febre (normalmente <38,5º).
A Fisioterapia
Respiratória tem
como principal objetivo aliviar os sintomas da criança. O Fisioterapeuta poderá
também ensinar aos pais estratégias importantes para prevenir esta condição, como técnicas de
limpeza das vias aéreas superiores.
Quando os sintomas já estão
instalados, o Fisioterapeuta avalia a criança com recurso à auscultação
pulmonar e
aplica as técnicas de desobstrução brônquica adequadas (expirações lentas e prolongadas, tosse assistida). Assim,
permite-se a eliminação das secreções acumuladas, responsáveis pela tosse e
dificuldade respiratória.
O trabalho conjunto desenvolvido
pelo Médico Pediatra e pelo Fisioterapeuta possibilita uma recuperação mais célere e eficaz.
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