"Physioclem cuida do corpo e da alma”




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São profundos e cheios de vida. São, assim, os olhos azuis de Celeste Silvestre. 90 anos? Ninguém diria… Foi com o filho que se deslocou às instalações da physioclem, em Alcobaça, na tarde fria e chuvosa de sexta-feira (dia 26 de fevereiro). Para casa, regressou com as mãos no volante do seu comercial. Não é por acaso, se é que os há, que tem um carro de mala grande: “É para ali que as minhas cadelinhas sobem quando vamos passear”. Sim, Celeste Silvestre não é mulher de ficar em casa, gosta de percorrer a região. Leiria e Caldas da Rainha são outras das cidades que gosta de visitar com frequência.


“Joelhos! Esses malandros, não fossem as dores… Felizmente, desde o dia em que entrei na physioclem a minha qualidade de vida melhorou. Já tinha muita dificuldade em andar”, relembra Celeste Silvestre. Na clínica de fisioterapia, encontrou muito mais do que uma equipa disposta a ajudar, encontrou uma família. “Desde o senhor Carlos à entrada, passando pelo Marco e pela Vânia Santos, são um encanto. Aqui cuidam do corpo e da alma”, testemunha.

Até aos 80 anos, Celeste “não tinha nada de nada”. Também os pais passaram pelas mesmas dores. “Herança”, diz, entre sorrisos. O médico deu-lhe como solução a operação. Não aceitou. “Enquanto cá andar, prefiro ter qualidade de vida. Não vi na cirurgia a solução para as minhas dores e bem-estar”. 

Dos 0 aos 90 anos, há uma grande vida pelo meio. Vida que se traduz em histórias. Nasceu em Alcobaça, no dia 29 de outubro de 1925, por vontade dos pais, mas até aos 44 anos, Lisboa foi a sua casa. Terminado o curso no Ateneu Comercial de Lisboa, Celeste foi trabalhar na empresa do pai, como ajudante do guarda-livros. “Aos 16 anos geria as contas. Depositava e levantava dinheiro e pagava os trabalhadores. Sempre fui uma mulher despachada e sem medo”, relembra. 

Além do que se exigia a uma menina naqueles tempos, saber bordar e fazer renda, Celeste tinha uma paixão que “consumia” até de madrugada. Não resistia a um bom livro. As salas de cinema da Capital também não lhe escapavam. 

Casou aos 21 anos, com Raul Nunes, conhecido como ‘Espanhol’. Filhos não faziam parte dos seus planos. “Sempre senti que o mundo não era fácil. Sou muito alegre, mas pessimista em relação ao futuro”, desabafa. A verdade é que, por insistência do marido, acabou por ter um filho, Joaquim Nunes. O dia-a-dia da grande cidade, e o facto de querer cuidar do filho, trazem-na para Alcobaça, não antes de comprar uma máquina de tricotar. “Lisboa já não era a cidade onde tinha crescido e vivido. Já não havia sossego”, relembra.

Alcobaça, terra de seus pais, foi o local que escolheu para criar o filho, enquanto o marido permaneceu em Lisboa, até atingir a idade da reforma. Também o filho acabou por tirar o curso Comercial, em terras de Cister. Durante algum tempo Celeste Silvestre optou por ficar em casa, mas cedo se apercebeu que tinha de se ocupar.
Uma loja de artigos de bebé foi a ideia que pôs em prática, embora fosse um mundo desconhecido. Passei da venda de barris e de uma máquina de tricotar para artigos de bebés… Ainda hoje, quando passo na rua, me falam das peças de vestuário com que vesti muitas crianças”, salienta Celeste. Bazar Luso-Espanhol era o nome da loja, na Rua Dr.º Brilhante, mas era por ‘Passarinha’ que era conhecido o espaço. Isto dada a alcunha de ‘Passarinho’ do pai. Aos 65 anos, trespassou o negócio e passado pouco tempo é convidada a gerir outro espaço comercial, na mesma rua. “Queriam que fosse uma loja de artigos para crianças, mas sugeri que fosse de roupa para gente forte. Foi um sucesso! Não havia nada de igual pela região”, comenta Celeste, também conhecida como ‘Passarinha’, na comunidade.
Entretanto, o marido adoeceu, acabando por falecer. Celeste deixa de trabalhar.
Na sua casa, através da Internet, viaja pelo país e pelo mundo: “Tanto estou em Portugal, como passados uns minutos estou em Espanha ou em França. O Facebook é também uma grande companhia”, comenta a senhora de 90 anos, que anda por casa sempre maquilhada e bem vestida. “Quando me ligam ou tenho de sair, só tenho de tirar o chinelou ou a pantufa. Estou sempre pronta. Arranjo-me para mim, nunca para os outros”.
Com a physioclem melhorou a qualidade de vida e não dispensa as consultas semanais. “São seres humanos excecionais. Admiro a forma de estar do Marco e como fala com os filhos. Sente-se uma paz tão grande naquele espaço, que nem há palavras que expliquem”, afirma Celeste Silvestre. 
Também Celeste Silvestre dá os parabéns à physioclem pelos seus 14 anos. “Só posso desejar a continuação de muito êxito, porque no topo já eles estão. Desejo que o Marco concretize tudo quanto ambiciona, bem como a restante equipa”.
Quando percorremos 90 anos de vida em pouco mais de uma hora, há uma felicidade que nos acompanha. Palavras sábias, numa vida que se faz de experiências. 


 

Luci Pais

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