“O trabalho de prevenção da physioclem foi fundamental para chegarmos onde chegámos”
Leia este artigo no novo blog da Physioclem +Saudável: https://www.physioclem.pt/pt/saudavel/julio-reis-o-trabalho-de-prevencao-da-physioclem-foi-fundamental-para-chegarmos-onde-chegamos
Em cada rosto de A Nossa Gente há uma história. Desta vez, o protagonista representa mais 13 homens e outros tantos sonhos e histórias. Júlio Reis chegou às Caldas da Rainha com apenas 22 anos, para dar aulas de Educação Física. Natural de Espinho, cidade onde jogava voleibol.
Ainda mal os pés tinham pisado as
instalações do Sporting Clube das Caldas, depois de propor a modalidade de
voleibol à direção do clube, já Júlio Reis, de 48 anos, afirmava: “Um dia vou
trazer títulos para esta casa”. Há recortes de jornais a sustentar esta
afirmação. O que para muitos foi considerado uma utopia, nomeadamente para o
presidente na ocasião, Mário Tavares, para o treinador e professor Júlio Reis
era uma certeza. Os resultados começaram a somar-se, fruto de trabalho árduo e
persistente. Poderíamos enumerar várias épocas, mas a que terminou,
recentemente, tornou-se a maior conquista de todos os tempos. “Vivemos um ano
incrível. Foi a melhor época de sempre da equipa sénior masculina de voleibol
do Sporting Clube das Caldas”, testemunha o professor na Escola EBI de Santo
Onofre. Ficaram em 2º lugar, na 1ª Divisão Nacional, depois de terem ido também
à Final Four da Taça de Portugal.
Entregue nas mãos da physioclem, o
Sporting das Caldas encontra razões para acreditar que os bons resultados
chegam. “Quando temos o apoio de profissionais, como os fisioterapeutas da
physioclem, obriga-nos a ser ainda mais responsáveis e profissionais. O
trabalho de prevenção da physioclem foi fundamental para chegarmos onde
chegámos. Além disso, estão sempre disponíveis a qualquer hora do dia ou da
noite”, afirma Júlio Reis, lembrando as mais valia que a physioclem trouxe para
o seio da equipa. Desde o primeiro momento, adianta o treinador, que os
“jogadores desenvolveram uma grande empatia com o Rodrigo e com o Paulo”. Graça a este apoio,
nunca houve um atleta parado durante toda a época. “Nas situações mais difíceis
o Marco está sempre lá disposto a ajudar. Felizmente, não tem existido
impossíveis”.
A conquista dá-se dentro e fora de
campo. “Foi fácil trazer, em 1994, atletas para a prática de voleibol. O facto
de ser professor de Educação Física facilitou o processo”. A formação foi
crescendo e o número de atletas continuou a aumentar. Hoje, a equipa sénior não
consegue dar resposta a todos. “A exigência é muito grande desde que entrámos
na 1ª Divisão”, explica. Inicialmente, face às verbas reduzidas, a equipa
fazia-se apenas com a prata da casa. Hoje, já há atletas de outros pontos do
país.
A conquista também se dá fora das
linhas do campo. A população começou a encher o pavilhão. A responsabilidade
aumentou. Quando se aperceberam, tinham casa cheia para assistir aos jogos. Os
jogos fora são sempre motivo para grandes convívios.
Durante alguns anos, a equipa de
voleibol do Sporting Clube das Caldas foi a única equipa na 1ª Divisão no
distrito de Leiria. Razão que a levou a ser homenageada pelo Governo Civil de
então.
São 24 os anos que passaram desde que
Júlio Reis chegou à cidade das Caldas da Rainha. Casou-se e tem dois filhos.
Ambos jogam voleibol. O filho na equipa sénior e a filha na equipa feminina da
Lusófona.
O caminho fez-se mesmo caminhando. O
clube começou com uma equipa de juniores na 3ª Divisão. Em seniores passaram
pela 3ª, 2ª e há cerca de seis anos consecutivos que estão na 1ª, mas já cá
tinha estado. Das 12 equipas, apenas o Sporting das Caldas e o Benfica se
encontram mais a sul. As restantes encontram-se na zona norte. Há ainda os
açorianos Fonte do Bastardo.
Os treinos decorrem de segunda a
sexta-feira, durante cerca de 2:30 horas, não esquecendo mais 1:30 de ginásio,
três vezes por semana. Somam-se ainda os jogos ao fim de semana. Resultado de
fim de época: 191 treinos de pavilhão; 86 idas ao ginásio; 36 jogos. Se pensa
que o voleibol agora entrou em fase de descanso, está enganado. Agora, começam
os jogos de voleibol de praia. “Mas agora é tudo responsabilidades deles. Vou
dedicar-me à família”. A verdade é que os filhos vão participar no campeonato
europeu… Será que vais resistir e conseguir?!
“Não é difícil ser treinador, o
difícil é gerir mentalidades de pessoas tão diferentes. Sou uma pessoa calma e
bom ouvinte. Isso ajuda, sem dúvida, no trabalho que tenho de desenvolver
diariamente”, confessa Júlio Reis. Aos seus 13 atletas exige responsabilidade e
aconselha a que tenham uma profissão: “infelizmente, à exceção das grandes
equipas, não é possível viver disto. O voleibol deverá ser uma grande paixão,
porque a carreira um dia termina e o trabalho tem de continuar”.
Júlio Reis sabe que para conduzir uma
equipa é preciso saber ouvir. Estar presente. Sentir. Uma atitude essencial nas
relações dentro e fora de campo, porque o caminho faz-se caminhando…
Luci Pais
Sem comentários: