Fisioterapia em condições músculo-esqueléticas
Leia este artigo no novo blog da Physioclem +Saudável:
https://www.physioclem.pt/pt/saudavel/fisioterapia-em-condicoes-musculoesqueleticas
Para facilitar o estudo e classificação das doenças do corpo humano, este foi dividido em grupos relacionados com os vários sistemas do organismo. Assim, um dos grupos engloba as perturbações do sistema muscular ou músculo-esquelético (perturbações dos ossos, articulações e músculos).
As
perturbações músculo-esqueléticas (ME) são extremamente comuns e incluem mais
de 150 doenças e síndromes diferentes, estando habitualmente associadas a dor e inflamação. Estas condições são a principal causa de dor crónica e
de incapacidade.
Neste grupo, incluem-se patologias do
foro ortopédico, traumatológico e reumatológico, nomeadamente:
- Lesão dos tecidos moles (contusão,
rutura tendinosa ou muscular, lesão cápsulo-ligamentar, lesão neural
periférica, lesão por hipersolicitação, entre outras);
- Síndromes compartimentais (por
exemplo, o síndrome do túnel cárpico, síndrome do túnel társico, entre outros);
- Alterações posturais (segmentares,
como alterações do eixo articular de uma dada articulação ou multisegmentares
como escoliose, cifoescoliose, hipercifose, hiperlordose, e muitos outros tipos
de atitudes posturais erradas);
- Patologias/Deformidades da coluna
(incluindo lombalgia, dor ciática ou ciatalgia, dorsalgia, cervicalgia,
cervicobraquialgia, entre outros);
- Hérnias discais;
- Alterações da neurodinâmica;
- Reabilitação pós-fratura;
- Reabilitação pós-cirúrgica;
- Luxação/Subluxação;
- Artrose;
- Osteoporose;
- Artrite Reumatóide;
- Espondilite Anquilosante;
- Doenças reumáticas periarticulares
ou das partes moles;
- Outras síndromes de dor e fadiga
crónicas.
O objetivo principal da intervenção
da fisioterapia, neste tipo de patologias, passa pelo alívio e/ou resolução dos
sintomas associados, com vista à otimização da função. Para tal, deve conseguir
resolver a causa primária da origem dos sintomas, quando tal é possível.
Pretende-se ainda implementar estratégias que visam a prevenção deste tipo
de problemas ou a sua reincidência. Por
outro lado, pretende também assegurar que as pessoas que sofrem de problemas
músculo-esqueléticos crónicos desfrutem de uma vida com qualidade e
independência.
Neste contexto de intervenção, o
fisioterapeuta começa por identificar diferentes mecanismos que conduzem às
disfunções do movimento e à lesão tecidular, reconhecendo a contribuição dos
vários fatores que estão na sua origem, de forma a poder estabelecer o
Diagnóstico Funcional da Fisioterapia.
A partir deste diagnóstico e do
diagnóstico médico, o fisioterapeuta determina as estratégias de intervenção
mais apropriadas para atender às alterações da mobilidade, resultantes dos
desequilíbrios a nível local ou global, da força muscular e da estabilidade
articular.
Para este tipo de intervenção, o
fisioterapeuta pode recorrer a muitas técnicas diferentes: terapia manual, baseada no exercício, técnica electro-física e de
ensino/aconselhamento:
- Técnicas manuais de mobilização dos
tecidos moles;
- Alongamento e relaxamento
mio-fascial;
- Mobilização neural;
- Mobilização articular;
- Drenagem linfática e venosa;
- Técnicas de correção postural;
- Técnicas que visam o treino do
movimento normal e exercícios com vista à melhoria da força muscular e
estabilidade articular;
- Eletroterapia, laserterapia,
magnetoterapia, ultra-som, termoterapia (calor húmido, gelo);
- Pressoterapia;
- Técnicas de imobilização funcional
(ligaduras);
Nos
últimos 20 anos, as pesquisas científicas na área da fisioterapia aumentaram
muito em número e qualidade. Hoje em dia, existem inúmeras revistas, jornais e
sites nos quais estão publicados milhares de artigos que fundamentam a
intervenção do fisioterapeuta. Assim, hoje, podemos assegurar que a intervenção
destes profissionais é baseada na
evidência científica e, por isso, os seus resultados estão comprovados e
podem ser muito positivos. A relação
custo/eficácia é normalmente muito positiva.
A fisioterapia
músculo-esquelética destina-se a indivíduos de todas as idades, que possuam
este tipo de lesões ou que pretendam fazer um trabalho preventivo das mesmas.
Também se destina a grupos de pessoas, intervindo em classe.
Fruto do
stress do dia a dia, das tensões musculares e fasciais, das más posturas
adotadas e mesmo de fatores hereditários, é normal que o corpo adote
posições que não vão ao encontro da melhor posição anatómica para permitir uma
durabilidade maior das estruturas do corpo. A isto acresce ainda os
microtraumatismos normais no decorrer de muitas das atividades feitas no
trabalho ou nas atividades feitas com mais frequência, como o desporto ou as
tarefas de casa (domésticas), os excessos de carga ocasionais e mesmo os erros
alimentares e de hidratação, que trazem perturbações nas estruturas
músculo-esqueléticas (micro-lesões) com a instalação de pequenos processos
inflamatórios. Estes por sua vez obrigam o corpo a adotar movimentos/posturas
de defesa para evitar a dor, dado que é um dos pilares essenciais da nossa
"programação": o evitar a dor. Estes movimentos e/ou posturas
ligeiramente alterados vão também contribuir para a alteração do alinhamento
das partes do corpo e assim de todo o conjunto.
.
Com o passar do tempo, a modificação
das forças exercidas na articulação pode levar à sobrecarga numas regiões e o
inverso noutras, assim como a limitação do movimento nuns segmentos
(hipomobilidades) e noutros segmentos hipermobilidades compensatórias. Estas
perturbações levam a uma danificação progressiva das estruturas do corpo em
regiões muito específicas e, assim, à instauração da patologia
músculo-esquelética. Quando fazemos uma avaliação muito pormenorizada da
postura e movimento do corpo, é-nos possível ter uma ideia muito concreta sobre
os locais onde há maior probabilidade de
surgir patologia. Se quebrarmos o ciclo descrito, ao evitar as alterações do
alinhamento, através da restauração da mobilidade normal, libertação das
tensões musculares e fasciais e de aderências causadas pelos micro-traumatismos
e promovendo uma postura mais correta, podemos evitar a instalação da patologia músculo-esquelética.
Este trabalho preventivo é de extrema
importância.
A fisioterapia também tem um papel
importante no tratamento e prevenção das Lesões
Músculo-esqueléticas Ligadas ao Trabalho. Estas são doenças relacionadas
com o trabalho, causadas por um conjunto de traumatismos repetidos, cumulativos
e de tensão muscular. São principalmente resultado de movimentos ou de posturas
forçadas. São fatores de risco o trabalhar em posições dolorosas ou mantidas
durante muito tempo, carregar cargas pesadas, executar tarefas “curtas” e
repetidas ou movimentos repetidos, o stress, o desconhecimento, entre outros.
Os quadros clínicos mais frequentes são o Síndrome do Túnel Cárpico,
tenosinovites, tendinites, bursites, dores musculares e perturbações
articulares, provocados por desequilíbrio muscular e/ou alteração do eixo
articular (lombalgias, cervicalgias, ombro doloroso, entre outros).
A Fisioterapia no Desporto é outra área específica da fisioterapia
Músculo-esquelética que intervém na prevenção, no tratamento e na reeducação de
disfunções e/ou lesões resultantes da prática desportiva e/ou atividade
física, desde os momentos iniciais até à completa reintegração desportiva dos
praticantes. Atua na promoção e na educação para a saúde desportiva, junto dos
praticantes e suas famílias, treinadores e restantes agentes desportivos, bem
como, junto dos meios de comunicação social. Destina-se a todos os
desportistas, qualquer que seja a sua idade, o seu nível de atividade e
desempenho desportivo. A intervenção da fisioterapia no desportista com
disfunções ou lesões, deverá ter sempre em conta o contexto bio-psico-social do
mesmo, de forma a contribuir para um ótimo desempenho desportivo, dentro das
melhores condições de segurança, minimizando os riscos da prática e
simultaneamente contribuindo para a saúde e bem-estar
global dos indivíduos (In “Modelo de
Intervenção do Fisioterapeuta no Desporto” (2000). Grupo de Interesse em
Fisioterapia no Desporto da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas).
No contexto da Fisioterapia Músculo-esquelética,
a Physioclem procura destacar-se
sobretudo pela formação e especialização dos seus profissionais de modo a
conseguir sobressair no mercado pela prestação de serviços de excelência
atuando com independência, respeito e honestidade para com os nossos clientes.
Com uma prática baseada no conhecimento, experiência e evidência científica, e
um modelo de intervenção centrado na satisfação dos nossos clientes, prestamos
um serviço de elevada qualidade com um controlo frequente durante todo o
período de tratamento até ao momento da alta. Sempre que consideramos
necessário elaboramos relatórios de
avaliação funcional e comunicamos frequentemente com outros profissionais
de saúde de forma a garantir o melhor acompanhamento possível a cada paciente.
A nossa atuação rege-se pelos
“Padrões de Prática” e “Princípios Éticos” da Confederação Mundial de
Fisioterapeutas (ER-WCPT), adotados também pela Associação Portuguesa de
Fisioterapeutas (APF, 2005).
Equipada com gabinetes individuais
para cada doente, a Physioclem possui os meios técnicos necessários ao bom
desempenho das funções do nosso corpo clínico, dando assim uma resposta eficaz
a todos os que procuram os nossos serviços.
Porque queremos estar “de mãos dadas pela sua saúde”.
Marco Clemente
Fisioterapeuta/Osteopata Physioclem
Sem comentários: