Dor Crónica
Uma dor que se prolonga por mais de 3
meses é considerada dor crónica. Saiba
como lidar com ela!
Dor Crónica, o que é?
A dor é normalmente um “sinal de
alarme” do organismo, avisando de que algo não está bem em alguma parte do
nosso corpo. Quando há algo de errado, o corpo reage enviando um estímulo para
o sistema nervoso central que processa a informação da dor numa determinada
região. Contudo, um alarme só é bom se puder ser desligado! No caso de uma dor
aguda, o “alarme” desliga-se tratando a origem do problema, ou seja a lesão dos
tecidos que são a origem da dor, que podem ser os discos intervertebrais,
articulações, músculos entre outros. Contudo, por vezes pode ocorrer que a
lesão se prolongue para além do tempo esperado de recuperação, originando uma
espécie de curto-circuito no sistema de alarme do corpo. Nesses casos, cria-se
uma memória da dor fazendo com que ela ocorra independentemente daquilo que a
originou, originando então a dor crónica. Nestes casos as pessoas muitas vezes
encontram-se bastante limitadas nas suas atividades diárias e desencadeiam
sensações de ansiedade, depressão e stress o que afeta bastante a sua
qualidade de vida.
Abordagem Tratamento
Uma dor desta natureza implica uma
abordagem de tratamento diferente. Deve ter noção de que mesmo que a dor não
possa ser curada ou eliminada na totalidade, ela pode ser minimizada. Para isso
é importante perceber que após a lesão que desencadeou a experiência de dor
inicial, pode seguir por dois caminhos diferentes que influenciam o rumo da
situação. Por um lado é possível seguir por um caminho positivo, sem medo da
sensação de dor, aprender a compreender e confrontar a situação, ainda que
implique alguns momentos mais difíceis, e deste modo encontrar maior bem-estar
minimizando a dor. Por outro lado, se permitir que a ansiedade domine a
situação, ficando demasiado protetivo em relação à sua dor e evitando a maioria
dos movimentos/atividades dolorosas, este caminho irá conduzi-lo a um ciclo
vicioso em que se torna prisioneiro da sua própria dor. Deve saber que é
possível encontrar alternativas e optar pelo caminho da compreensão da sua
situação, encontrando estratégias que no dia-a-dia o ajudem a controlar a dor.
Você é o elemento chave neste caminho, podendo contar com a ajuda de
profissionais que o auxiliam neste percurso, como é o caso dos fisioterapeutas.
Dicas para o dia-a-dia:
- Movimentar-se é fundamental: O
facto de realizar um movimento que causa dor, não significa que provoque lesão
no seu corpo, por isso não deve evitar tudo o lhe causa dor!
- Faça o seu plano de movimentos:
Pense nos movimentos/atividades que normalmente causam dor. A partir dai faça
um pequeno plano em que lentamente vai experimentando os movimentos
desagradáveis e aumentando o grau de tolerância. Vai funcionar como uma escada
em que irá subir degrau a degrau, aumentando o nível de atividade. É você que
assume o controlo do aumento de atividade! Por exemplo- se suportar caminhar
durante 5 minutos sem queixas, tente diariamente aumentar 1 minuto. Não é a dor
que vai mandar, mas sim o objetivo que você traçou em relação ao tempo.
- As emoções influenciam a dor: Pense
se existem emoções que por vezes façam aumentar a dor (quando está triste,
aborrecido, zangado) e tente encontrar alternativas para se distrair como
conversar com amigos, tomar um café, fazer algo que goste.
- Faça pequenos exercícios mentais:
Imagine mentalmente movimentos que normalmente lhe causam dor, como por exemplo
dobrar o tronco à frente. Imagine mentalmente que os está a realizar sem
dificuldade. Estes exercícios ajudam o seu cérebro a voltar a habituar-se a
atividades que há muito tempo não faz.
A equipa Physioclem!
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