Efetividade da terapia manual na redução da dor e melhoria da amplitude de abertura da boca em utentes com disfunção temporomandibular
RESUMO ANALÍTICO
Introdução: A Disfunção Temporomandibular (DTM), principal causa de Dor Orofacial, constitui um importante problema de saúde pública, afetando 10 a 25% da população. Aproximadamente 15% destes pacientes desenvolve DTM crónica, com grande impacto na qualidade de vida e elevados custos sociais e económicos. A Terapia Manual tem sido uma abordagem proposta por vários autores mas com efetividade ainda por demonstrar.
Introdução: A Disfunção Temporomandibular (DTM), principal causa de Dor Orofacial, constitui um importante problema de saúde pública, afetando 10 a 25% da população. Aproximadamente 15% destes pacientes desenvolve DTM crónica, com grande impacto na qualidade de vida e elevados custos sociais e económicos. A Terapia Manual tem sido uma abordagem proposta por vários autores mas com efetividade ainda por demonstrar.
Objetivo: Sumarizar a evidência
científica de estudos randomizados controlados dos últimos cinco anos para
verificar a efetividade da terapia manual no tratamento das disfunções
temporomandibulares.
Bases de Dados: A pesquisa foi
elaborada em 5 bases de dados electrónicas – Pubmed, Web of Science, Cochrane
Library e EBSCO. Foi ainda realizada uma pesquisa manual na bibliografia mais
recorrente nos artigos encontrados.
Métodos: Após a pesquisa foram
incluídos estudos randomizados controlados, publicados nos últimos 5 anos, em
língua inglesa, com população de idade superior a 18 anos e diagnóstico de DTM
de origem músculo-esquelética. Os grupos de intervenção incluíam protocolos de
terapia manual e foram avaliados os outcomes dor e amplitude de abertura da
boca. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada através da “Risk of
Bias Assessment Tool” desenvolvida pela Colaboração Cochrane. Foram extraídas
as características dos estudos e dados referentes ao tipo de intervenção e
resultados.
Resultados: Foram incluídos quatro
estudos nos quais a TM mostrou ser efetiva logo após a intervenção e 6 meses
depois, com diferenças clinicamente importantes para a dor (>30%). Esta
técnica mostra ter efeitos no aumento da amplitude de abertura da boca em
pacientes com esta disfunção. Quando conjugada com um programa de educação e
estratégias de auto-tratamento os efeitos da intervenção perduram a longo prazo
(1 ano).
Conclusão e implicações para a
prática: Nos últimos cinco anos existe um reduzido número de RCT’s que avaliam
a efetividade da TM nas DTM, publicados em língua inglesa. No entanto, com base
nos resultados da RS, a TM afigura-se como alternativa segura e efetiva no
tratamento destes pacientes. Quando conjugada com um programa de educação, a
longo prazo, verificam-se melhores resultados na redução da dor e melhoria da
amplitude de abertura da boca. Sendo assim, a utilização de um programa de
educação e estratégias de auto-tratamento por parte do paciente permite manter
os ganhos conseguidos pela intervenção da TM e perdurar o seu efeito. Dado o
reduzido número de estudos incluídos e a heterogeneidade da sua qualidade
metodológica não foi possível chegar a conclusões que determinem o grau de
recomendação sobre a utilidade/eficácia da terapia manual nas DTM’s,
verificando-se uma clara necessidade de investigar esta questão.
Aceda ao full text: http://goo.gl/Hj7cTQ
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